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Channel: Projeto Barraginhas
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Delegação de Abaeté visita e treina na Embrapa!

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Nessa sexta feira 12 de agosto, recebemos na sala do projeto Barraginhas, uma delegação com cinco pessoas do município de Abaeté, dois operadores de maquina, um técnico da Emater, um da cooperabaeté e uma do banco Sicoobcredioeste. Eles vieram conhecer o pacote de tecnologias socais do projeto Barraginhas. Foi também uma capacitação para utilizar essas cinco tecnologias, iniciando se pela forma de conduzir as reuniões mobilizadoras, de como construir o passo a passo das barraginhas e dos laguinhos lonados para peixes, como montar o kit irriga hortas, as estufas, as fossas sépticas, etc. Foram momentos bem agradáveis, dá para agente perceber que estavam gostando, a nossa vivência de mais de 20 anos de mobilização, extensão rural e os mais de 40 anos de estradas, dá para sentir, fazer a leitura que foram bons momentos a nossa convivência. Foi uma prévia do que poderá ser nosso próximo encontro dia 24 em Abaeté! Essa visita foi uma programação da Embrapa, e o projeto Barraginhas sentiu orgulhoso de representá-la!

Luciano Cordoval.


O bate papo foi em alto nível!
A esquerda Sinval da Embrapa, Fernando Cesar da Emater,  os operadores de retro escavadeira Sergio de boné e João Lourenço a direita.

Equipe bem afinada, falavam a mesma língua!"
Eduardo de chapéu a esquerda e Debora a direita completam o time.



Sergio de boné, interagiu bem, demonstra que comandará junto com João Lourenço a construção de lagos criatório de peixes e barraginhas.

O treinamento, sobre como lonar os laguinhos para criar peixes, foi um dos pontos altos da visita!

No processo de lonamento, a lona é recoberta com uma camada de terra de uns 20 cm, para sua proteção contra raios solares, unhas de animais e peixes!




Os dois maestros, foram os operadores de máquina, eles que saíram dominando os passo a passos, do laguinho e da barraginha.




foto clássica aos finais de treinamentos, tem o sentido do encerramento perfeito das atividades, a sensação do dever cumprido!!!


A visita ao grande lago lonado ao final da capacitação, para tratar dos peixes, dá a sensação do fechar das cortinas de um grande espetáculo.


Curvas de nível com cochos sucessivos revitalizarão os minadouros da fazenda do Batinho na Estiva em Sete Lagoas.

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A experiência de construir curvas de nível com cochos sucessivos em encostas íngremes, iniciou se no distrito de Morro do Ferro em Oliveira-MG em abril de 2014, foi testada com sucesso em dois ciclos de chuvas e recente foi estendida ao município serrano de Jaboticatubas em julho de 2016, agora está sendo implantada em Sete Lagoas, na comunidade da Estiva, na fazenda do Betinho. Aqui elas virão complementar o projeto Piloto do ribeirão Paiol, onde foram construídas 960 barraginhas em 60 propriedades em 1998. A região dos minadouros do Betinho tem encostas em forma de uma ferradura, envolvendo 8 barraginhas que sustentam os três minadouros que abastecem a fazenda de água, (estábulo, bebedouros, três casas e um lago criatório de peixes). Agora está sendo complementado com seis curvas de nível, envolvendo essas oito barraginhas e captará os escorrimentos de água que escapavam ao controle destas. É esperado que dobre o volume desses minadouros, que já são suficientes para a demanda da fazenda. É uma experiência que vem sendo preparada para contemplar encostas degradadas de regiões serranas, onde as barraginhas são impeditivas. As barraginhas limitam a encostas abaixo de 12% de declive e as curvas de nível com cochinhos, feitas de retro escavadeiras, contemplarão encostas até 25%.






























Um parêntese nesse álbum da construção das curvas de nível com cochos sucessivos, para mostrar o seu planejamento:


em 15 de abril de 2016, durante uma visita às comunidades serranas de Berto e Espada, percebemos esse potencial em Jaboticatubas, serra do Cipó, e inspirou o planejamento de um  modelo da captação de água de chuvas em solos declivosos, uma espécie de barraginha linear em encosta serranas. Esse modelo tinha sido testado com sucesso em 2014 em Morro do Ferro para controle de voçorocas, sendo construídos na beira de megas erosões, para evitar a entrada de enxurradas nas beiras dessas voçorocas. Aqui agora ele está sendo ajustado para encostas serranas.
(ao final desse álbum, é mostrado o modelo aplicado em Morro do ferro)
Fotos tirada durante a visita em abril de 2016
Uma tendência nessa região de Jaboticatubas, limites com Santana do Riacho, nas encostas da serra do Cipó, é de solos ondulados com inclinações entre 15 e 30%, portanto, impraticável para barraginhas tradicionais. Predominam solos firmes e com bastante cascalho, pouco erosíveis, quanto a erosão sulcadas, raramente se vê voçorocas, solos com média a baixa capacidade de infiltração, mas com uma facilidade de erosões laminares, levando toda camada fértil embora. A sequência de fotos mostra uma região seca e degradada.


Terras degradadas, arrasadas! Clic nas duas fotos abaixo  para ampliá-las.


Caminhando com Luiz Felipe, nesse momento, vendo tanta terra degrada, disse a ele que nosso país está encolhendo, com suas terras se degradando dia a dia...

O desenho abaixo é idealizado nessas rampas dessas fotos acima, nessa imediato acima, vemos os vários veios de enxurradas, quase chegando a se tornarem grotas, mas são pequenas grotas, ou grotinhas, que vão desaguar em córregos, muitas rampas desaguam em estradas. Então no desenho abaixo, onde diz estrada, pode ser também substituído por córrego.


Este desenho foi idealizado, a partir dessa visita, baseado na experiência aplicada no distrito  Morro do Ferro em Oliveira, onde introduzimos com sucesso um processo de colher as enxurradas em forma de uma curva de nível transformada em um cordão com contas de um colar, onde um cordão é constituído de um sulco raso, um reguinho em nível, (o cordão de um colar) e as contas são cochos pequenos de 8 a 10 metros de comprimento por dois e meio metros de largura em média e por 0,8 a 1,0 metro de profundidade, espaçados 3 a 5 metros um do outro, ligados entre si pelos sulcos ou reguinhos. Assim o terreno como um telhado, antes dos cordões, escorreria direto a estrada ou ao córrego, agora com cordões com os cochos sucessivos, instalados numa curva sim outra não, recolherá as enxurradas das chuvas guardando-as nesse cochos, dando tempo para que infiltrem entre uma chuva e outra. O desenho mostra só duas curvas com cochos, mas imagine acima, saltando a próxima curva a seguinte também terá cochos sequenciados, sempre uma sim outra não. Essas curvas imaginárias desenhadas, representam uma inclinação onde sobe 5 metros, a cada 10 metro de espaçamento entre curvas, assim nessa rampa, de 60 metros de largura, sobe 30 metros de desnível. A experiência em Morro do Ferro está ao final desse álbum.



Detalhe tirado do desenho anterior para mostrar o que pode se plantar no em torno dos cochinhos umedecidos pela infiltração das águas contidas das enxurradas. Essa infiltração provoca uma franja úmida, principalmente na parte baixa dos cochinhos... Ai pode se plantar de tudo, abóboras, sobre os ateros, milho e feijão abaixo, na parte superior dos cochinhos pode-se plantar arvores frutíferas, nativas e até eucaliptos... É lógico que tem que colocar esterco, calcário, adubos, pois esses solos estão degradados... Chegando a água, volta o homem, volta o ânimo, a motivação e gradativamente vai se avançando sobre as áreas degradadas, recuando-as...



Resultados das Seis barraginhas construídas nesse canto alto da fazendo do Betinho:




Introdução:

A fazenda do sr. Betinho é uma das 60 fazendinhas da bacia do projeto piloto Paiol... Em 1998 fizemos 960 barraginhas nessas fazendas, sendo 48 na dele (temos a pretensão, ainda antes das chuvas desse ano, de complementar a região dos minadouros para ficar, como ele disse: “bonitinho, completo”...)

A partir de 1998, por ser uma região perto de Sete Lagoas, eu levava lá o pessoal dos jornais e TV, revistas agropecuárias, etc... durante uns 12 anos não saía de lá, e ele adorando as reportagens (sua mulher dizia confidencialmente que ele adorava)... Mas naquele tempo ele não dava destaque aos minadouros... falava, mas sem convicção, ou talvez eu não estivesse preparado para receber essas mensagens.

Posteriormente foram surgindo outros compromissos e com a expansão do projeto, fomos nos distanciando por mais de seis anos, mas agora voltamos com toda força...

Recentemente (2015) a Revista do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) mais a TV CREA, vieram me procurar e fizemos essa matéria. Eles tem uma meta de editar uma matéria semanal para TV aberta, matéria paga, e vários vídeos "cases", para disponibilizar em seu site. Já gravamos cinco capítulos de uma “mini série”... Vamos gravar outros sobre voçorocas, húmus, etc.

Penso que esse afastamento foi bom para que ele caminhasse sozinho, e agora ele traz coisas que digeriu por si mesmo durante todo esse tempo, por isso nos entendemos e interagimos tão bem lá dentro do mato durante essa gravação...

Considero imensa a importância deste exemplo para sublinhar a sustentabilidade do projeto Barraginhas a longuíssimo prazo, legitimando todo o nosso esforço de conscientização e também sobre a necessidade da experiência concreta dos pequenos produtores rurais, no entendimento de que esses minadouros são como pequenas jóias que passam a brilhar na paisagem antes árida, demarcando sua total recuperação.

Também fizemos questão de manter na transcrição o linguajar coloquial da roça, sua originalidade e singeleza bem à moda de Guimarães Rosa, patrono cultural deste recanto do cerrado mineiro.

A partir do lindo lago criatório de peixes, entramos, eu e Sr.  Betinho, mato adentro, subindo numa trilha até encontrar água corrente, proveniente dos minadouros, ou melhor, da água de chuvas captadas pelas 8 barraginhas que estão na parte superior desse mato, dessas nascentes.  Abaixo segue transcrita a nossa conversa, que foi filmada nessa caminhada até os minadouros, no interior da mata. Os textos em itálico são as falas de Betinho.

Luciano Cordoval

Betinho: - esta mina aqui é a que vai lá para casa, ainda apenas um pequeno merejo, (são três mangueiras, a primeira foi colocada há 18 anos atrás, uma segunda tempos depois e a terceira recente, à medida que ia aumentando a água, acumulativamente, ele ia colocando mais mangueiras)... esta mangueira aqui, vai lá para casa... você tá vendo a mangueira lá no fundo? (de um rego raso) ali...
Luciano: - eu tô vendo, não sei se sairá na filmagem, mas estou vendo. Cê disse que essa aqui vai para sua casa, e a outra?
Betinho: - a outra, na mina mais em cima vai pro curral.
Luciano: - então essa que tá correndo, aqui... (me interrompe)
Betinho: -  é um corguinho...
Luciano: - você consegue captar toda? Ou desperdiça um pouco?  
Betinho: - vão que consigo ¾, ou metade... ah! 
Subimos mais um pouco na mata, à medida que subíamos aumentavam as minas em forma de um pequeno rego nivelado, a água espalha rasa, um metro de largura, cristalina... impactante, linda...  Dando para ouvir o barulhinho da água na cachoeirinha, após esse trecho nivelado, vem a cachoeirinha...  O silêncio da mata dá para ouvir os passos do Betinho pisando as folhas secas... Coisa mais linda , ver o mato, a copa das árvores, o céu, os raios solares penetrando na mata (vi isso filmando para o alto as 15 h). Continuando a subida rumo à mina superior, ou subindo o pequeno rego encachoeirado, as minas vão sendo  incorporadas no rego, assim, vamos subindo e nos encantando... Que lindo, a água cristalina novamente, correndo e fazendo barulho de corredeira, captada pela filmagem,  bem como os movimentos do Betinho, eu parado filmando, ele vai aqui e ali, me mostrando, tocando as coisas com uma vara... Forma-se um barulho estridente do pisar nas folhas em contrate com o silêncio proporcionado pela mata...
Luciano: - como é que você disse?
Betinho: - aqui ela já tá nascendo (outra mina)...
Luciano: -  nossa! que coisa!! (pausa)... que coisa maravilhosa (sentimento de encantamento)
Betinho: -  tá dando para ver a ponta da mangueira?
Luciano: - o olho d’água?
Betinho: - não... é o lugar onde a segunda mangueira está saindo, iniciando, e levando água para o curral.
Luciano: - ela num tem um lugar definido onde nasce, não?
Betinho: - não, ela mereja, olha o barulhinho dela...
Luciano: - cachoeira, aí?
Betinho: - esse barulhinho, sai aí na filmagem?
Luciano: - olha alí, a água passando debaixo do pau, da raiz, em cachoeirinha... que beleza!!
Betinho: - piabinhas, tá vendo? No fundo aí, ó! Tá vendo? ( pausa)  viu elas?
Luciano: - tô vendo, tá saindo tudo na filmagem, aqui  (pausa... filmando) ... nossa, que trem maravilhoso!... (pausa na voz, mas dando zoom na filmagem do rego)
Luciano: (filmando o corguinho correndo entre a mata) -  você disse na filmagem daquela reportagem outro dia (pausa longa... filmando a água passando) ... cê disse que essas minas aqui, cê disse duas coisas, né? Lembra, o que você falou?
Betinho: - falei das barraginhas lá em cima e das árvores daqui da mata (repetiu “mata”, fortalecendo a função da mata).
Luciano: - como você acha que cada um ajuda a revitalizar as minas?
Betinho: - é... eu acho, as barraginhas, a água infiltrando devagarzinho, né? Descendo, para ajudar a mina, né? E as árvores, dá sombra, né? Dá sombra, né? (repete...) Cê sabe que água, a mina, não pode tomar muito sol, né? Mina dágua, cê sabe, tem que ser bem coberta, né?
Luciano: - sei...  
reforcei: - as barraginhas, toda vez que chove, elas colhem e dá um prazo, pra infiltrar, né?
Betinho: (ele reforça, com gestos) - se não tiver elas, elas passam... (as enxurradas)
Luciano: - se não tiver elas, o que acontece?
Betinho: - se não tiver elas, a água das chuvas, elas iam tudo pro córrego, ia embora...
Luciano: - além das erosões, né Betinho?
Betinho: - pois é... erosão e além disso, ela vai pro córrego, dá enchente, (pausa)...  à toa(quis dizer que enchente não serve pra ninguém, nem o córrego gosta)...
Luciano: - tá, o sistema lá das barraginhas dá um abraço nas enxurradas, dá um espaço, tempo para infiltrarem, né?
Betinho: - às vezes uma chuva da outra, né? Chove hoje, amanhã num chove, né? No outro dia ela abaixa um pouquinho, (Betinho empolgado, engrenou uma marcha firme agora, não parava de falar) ... vem outra chuva e segura mais água, ela fica às vezes meses segurando água.  Aqui nesse Corguinho, a coisa mais difícil aqui nas minas é ter enxurradas, antigamente tinha até enchentes nessas minas... Agora as barraginhas não deixam...  
Luciano: - esse tipo de grota aqui, mais esse tipo de solo pisado/firme aqui, né?
Betinho: - firme, firme...(repetiu)
Luciano: - esse tipo de mato, tudo encaixa para favorecer esse abastecimento de água lá em baixo  (Betinho louco para encaixar na minha frase, ficou o tempo inteiro aprovando com a cabeça)
Betinho: - isso... tudo.
Luciano: - dá certinho
Betinho: - deu certo...
Luciano: - certinho
Betinho: - tudo segurou...(“tudo” se referindo ao favorecimento citado acima... que beleza, tanto sincronismo)
Luciano: - vou contar um negócio procê, depois vou filmar... Betinho, cê tem 48 barraginhas, 8 aqui no firme e 40 no cerrado, no firme o solo se chama podizólico, é fininho, baixa infiltração... e no cerrado, solo grosso, alta taxa de infiltração e se chama latossolo, bem poroso, né, (ele concordando com a cabeça)...  no cerrado os formigueiro se esfarelam e no firme não (ele reforça com a cabeça concordando mais uma vez)...  
Betinho: - aqui no firme, nem formigueiro tem...
Luciano: - fala das barraginhas do cerrado e daqui do solo firme, batido?
Betinho: - as barraginhas aqui do batido fica meses filtrando, devagar,  já as do cerrado, qualquer coisinha, aquela terra podre vermelha, num instantinho a água vai embora. Com poucos dias uma barraginha esvazia, vai embora.
Luciano: - o córrego gosta é das do cerrado, num é?
Betinho: - É...
Luciano: - mas ocês da casa e do curral, gostam mais é das barraginhas daqui do batido, né?
Betinho: - É...
Luciano: - Betinho, nós estamos com três anos de seca, né? Cê acha que tem água chegando na mina, água de um a dois anos atrás, chegando agora?
Betinho: - acho, tem...
Luciano: - tem sim, tem, num tem?
Betinho: - tem.
Luciano: - essas águas dessas minas aqui, tem água de uns três anos que acumulou no lençol freático, num tem? (o tempo todo ele concordando com a cabeça).
Betinho: - tem... porque não choveu nada estes três anos e se não tivesse, elas tinham secado já! (continua)...  elas infiltram e entram nessa serra ai (gesticulando) guarda aí e depois vem descendo, vem caminhando devagarinho debaixo da terra... vem,  tem sim, tem efeito, senão já´tinha acabado as suas reservas, já teria diminuído muito e ela não diminuiu, mesmo seco, igual está, ela tá dando para abastecer, pensa bem!
Luciano: -  cê, antes de chegar nesse ponto de conhecimento que tem hoje sobre essas minas... (pausa)... hoje ocê domina, sabe direitinho domar isso aqui, conversar com elas, né? Cê conversa com elas?
Betinho: - cê tem, cê num pode passar muitos dias sem vir cá...
Luciano: - senão ela fica triste... cê vem e encontra novidade?
Betinho: - cê vem, cê olha um filtro, cê olha as vezes uma água que está passando num lugar que ela não sabe passar... (entendi, que não pode passar, senão erode, escava, por exemplo).
Luciano: - Betinho, vem cá... há 18 anos atrás, cê alguma vez pensou: “eu nasci aqui dentro e não sabia que eu tinha um tesouro aqui”?
Betinho: - certo... (confirmando com a cabeça)... sabia que tinha condições de recuperar isso aqui, ela ficou uns 12 anos seca, morta, ela existia quando eu era criança, brincava nela, ela secou até 1998, quando ressuscitou com a construção dessas 8 barraginhas.
Luciano: - logo que você colocou a primeira mangueira aqui, o que você sabia do potencial dessa mina?
Betinho: - eu achei que não ia acontecer o que aconteceu... Achei que colocaria essa mangueira ai, essa água, teria água hoje e amanhã não teria mais...que iria faltar... A 1ª mangueira, pusemos uma de ¾ de água, ela foi lá no curral, tranquilo, a água continuou indo, passou a sobrar e aí, uai gente, vamos colocar uma outra, pegamos numa mina mais embaixo e mais recente, uma terceira mangueira para captar toda água... Quando colocamos a segunda mangueira foi também para abastecer esse poço lonado de peixes, fez o lago, pôs a mangueira, cai lá direto há oito anos, não é muita água, não, mas é o suficiente para abastecer também as três casas, o curral gasta muita água na higiene da ordenha mecânica, os bebedouros das vacas... Seria pouca se fosse abastecer tudo de uma vez, rápido, mas como ela corre 24 horas, 365 dias no ano, dia e noite, né, então não é pouca (reforça Betinho, conclui) ... ela não corta hora nenhuma...
Luciano: - tá bom, tá bom, eu te falei que aquele dia da filmagem para TV, que eu perdi o sono por causa dos casos que cê contou para a repórter sobre a mina... Betinho, cê já perdeu o sono por causa dessas minas? (deu gargalhadas)
Betinho: -  não, mas o sonho meu aqui é assim, é de as vezes, tem hora de querer arrumar ela... Botar ela bonitinha, alisar ela, colocar uma caixa de cimento, que tal... para a água sair mais... , Mas ai agente fica pensando assim! É, vai mexer com ela, que está funcionando bem, não tá faltando água, pra quê? Vamos deixar quieto, sabe? Então, depois que nós pusemos essa água lá em casa, nós tínhamos problemas direto de água, era bomba no córrego, roda d’água, aquele desespero para jogar água na fazenda, tinha dia que você ficava até 8, 9 h da noite pelejando com a bomba para jogar água...Muitas vezes ficava sem água no curral... nas casas... Já tem bem anos que não preocupamos com água do córrego, com bomba e roda d’água... bons anos (balançando a cabeça)... Tinha também problemas com as enchentes, tinha que correr lá, tirar a bomba, a roda dágua... Se tiver uma emergência, a gente torna a recorrer ao córrego, né?
Luciano: - cê fala em emergência, cê com uma fartura de água dessa, (rindo muito... qual a emergência?) ... oh Betinho, mudando de assunto, tem árvore aqui nesse mato de 30 a 40 metros? Aqui mais em baixo, não, mas lá na cabeceira do mato, perto das barraginhas, lá tem um mato mais forte... Lá tem árvores de 30 a 40 m...
Betinho: - elas nascem aqui na beirada da grota, e das minas...
Luciano: -  no seu entender, quais as plantas que indicam água?
Betinho: - essa aqui, a samambaia é uma delas, o ingá, ingá (sempre repetindo), esse cumprido aí na sua frente,...
Luciano: - E bicho, pássaros? Tem o quê?
Betinho: - tem paca, tatu, cotia, capivara, olha aí perto docê, esses escavados é dos tatus e das cotias querendo pegar iscas, minhoca, insetos...






BETINHO 487 CHEIA
ANO 2000

 IMG_3117
ANO 2015
Olha ai a cabeceira do mato, próximo das barraginha, citado pelo Betinho!

IMG_3131
ano 2015
Betinho 481 água limpa

voçorocas húmus 148

voçorocas húmus 156


FALTA NUMERAÇÃO DA FOTO E PODE RECEBER TRATAMENTO
Planta da parte nobre da fazenda do Betinho, corresponde a um terço da fazenda total.


FALTA NUMERAÇÃO DA FOTO E PODE RECEBER TRATAMENTO
 Da planta acima, cortando-a ao meio, esse pedaço, corresponde a metade a esquerda, a parte mais íngreme, com encostas dos dois lados escoando as suas enxurradas sentido ao eixo da grota em verde mais forte é a mata densa, uns 300m de extensão. Nessa área foram construídas as 8 barraginhas em 1998 que captam as enxurradas de suas encostas durante toda estação de chuvas e passaram a revitalizar os minadouros abaixo.

FALTA NUMERAÇÃO DA FOTO E PODE RECEBER TRATAMENTO



FALTA NUMERAÇÃO DA FOTO E PODE RECEBER TRATAMENTO
Nesse detalhe dá para mostrar o perfil do solo em corte de outras barraginhas de beira de estrada, dá para ver como a água das barraginhas infitram no solo e alimentam o lençol em cor azul que repousa sobre uma camada de impedimento marron.

Betinho minadouro lago 055

Betinho minadouro lago 037

Betinho minadouro lago 069

Betinho minadouro lago 070


Betinho minadouro lago125




Betinho minadouro lago129

SMA CREA Betinho 117
Água das minas chegando na casa do Betinho, saborosa..

SMA CREA Betinho 122

SMA CREA Betinho 126
Essa caixa é uma reserva para molhar o pomar/quintal.

SMA CREA Betinho 130

SMA CREA Betinho142

SMA CREA Betinho136

 SMA CREA Betinho 154
Água nos bebedouros, poupa as vacas de ir no córrego beber água..

SMA CREA Betinho 168

SMA CREA Betinho 174


 lago Betinho 048
Preparação da bacia para receber a lona, ao dizemos que está no ponto de lona.

 lago Betinho 051
 Estagiário de Agronomia da Faculdade FEAD de Belo Horizonte, fundamentais na sua construção, bem como tornar se carregadores e semeadores dessa semente para o resto de suas vidas!

lago Betinho 081
 Abertura da primeira faixa de lona em solo bem preparado, alisado.

5 - Lago Betinho 089
 Após cobrir cada faixa de lona, é feita a colagem da próxima faixa, até cobrir 100% do lago.

lago Betinho 101
Distribuição da terra sobre a lona, para sua proteção contra raios solares e unhas de animais.
Lago Betinho 119
Lago lonado, encerramento do lonamento.

SMA CREA Betinho 189

 SMA CREA Betinho 193-a
Essa água nessa mangueira, cai ai 365 dias no ano, revitalizando o lago...

SMA CREA BETINHO MINADOURO 225-a

SMA CREA BETINHO MINADOURO 228-a
Água cristalina, viva.

SMA CREA Betinho 234

Betinho minadouro lago 286

Betinho minadouro lago 263

UFMG

Dia de Campo de Barraginhas, sistema Lavoura, pecuária e floresta em Abaeté foi um sucesso!

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Nessa quarta feira passada dia 24 de agosto de 2016, aconteceu um dia de Campo em Abaeté, uma programação da Embrapa, em parceria com a Emater local, a Cooperativa dos produtores de leite local e o Sicooboeste de Abaeté. Foram duas palestras, uma sobre captação de água de chuvas pelo sistema barraginhas, outra sobre recuperação de pastagens através do programa lavoura pecuária e floresta e uma prática com a construção de uma barraginha. Aproximadamente 100 pessoas presentes e interessadas, interativas, foi excelente, superou nossas expectativas!

Luciano Cordoval.


Acima Débora, Fernando e Ivênio e abaixo, grupo coordenador do evento!

O primeiro não conheço, o segundo Marcelo e Sinval da Embrapa, Débora do Sincooboeste, Ramon Embrapa, Eduardo da cooperabaeté, Luciano e Fernando da Emater...




Fernando da Emater fazendo a abertura.




Durante a palestra de Luciano Cordoval.








Luciano tirando dúvidas da plateia.



Ramon da Embrapa ministrou a palestra sobre recuperação de pastagem!

Início da prática da construção de uma barraginha, após marcada inicia-se a escarificação do solo, para favorecer a retro a levar o solo solto ao aterro, construindo o anel de aterro da barraginha.



Observação interessante, essa árvore, suas raízes expostas pela erosão, o solo ai, erodiu laminarmente, numa profundidade d um metro, mostrado por essa testemunha...



A turma dos 80% encostaram na sombra dessa árvore e os 20% foram acompanhar a prática!

Grpinho interessado!


Turma interessada, mas na sombra!


Segunda escarificação, fofa o solo, que favorece levar a terra ao anel de aterro, para não forçar a concha frontal, que não corta essa terra nessa época de seca.




Uma parada na prática para tirar dúvidas!




Giovani da Emater de Paineiras levou uma amostra de uma estufa para experimentar lá...

Eder Silva também levou uma, espero as fotos delas montadas...




Barraginhas e curvas de nível com cochos sucessivos revitalizam açude e nascentes do Cota.

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O projeto Piloto do Ribeirão Paiol implantado em 1998, quando foram construídas 960 barraginhas em aproximadamente 60 fazendinhas na comunidade da Estiva em Sete Lagoas, nunca tinha passado por uma manutenção, ou seja: limpeza das barraginhas assoreadas. No momento em que estamos encerrando a 3ª edição de um projeto patrocinado pela Petrobras, em parceria com a Embrapa, aproveitamos alguns recursos disponíveis para contratar uma máquina e ajustar esse Piloto, não só desassoreando as barraginhas assoreadas, mas aperfeiçoar o sistema, guiando enxurradas capilares que escapavam, através de valas rasas tipo bigodes, que receberão essas capilares que passavam direto sem serem colhidas pelas mesmas. Também nesse aperfeiçoamento estamos construindo as curvas de nível com cochos sucessivos nas encostas tanto da fazenda do Cota quanto na do Betinho dentro do Piloto, para servir de vitrine aos visitantes futuros. Nessas duas fazendas, o destaque são os minadouros que surgiram após a construção das barraginhas do Piloto e estamos tentando potencionalizar mais ainda esses bons resultados.

Luciano Cordoval.




Esta semana passou a segunda frente de chuvas desse ciclo 16/17 com sucesso, choveu em torno de 10mm, mas suficiente para testar as barraginhas recuperadas!

No início dos trabalhos agora na segunda propriedade, a do Cota, contamos com sua presença e apoio... Nos autorizando a realizar adequações necessárias para melhorar ainda mais a captação de suas águas de chuvas, visando aumentar os minadouros e nascentes surgidos ha 18 anos atrás após a implantação das barraginhas.


O recinto das barraginhas são escarificados, para soltar a terra e favorecer o seu deslocamento ao anel dos aterros, poupando desgaste da máquina.


Essa é uma das interiores mais assoreadas, porque normalmente as interiores não assoreiam fácil, porque as externas, de beira das estradas assoreiam mais e protegem as interiores...



Acima, mostra a entrada de uma grande enxurrada nessa barraginha e abaixo, esse bigode encaixado nessa mesma barraginha do lado oposto, receberá enxurradas capilares que escapavam, que passavam direto, trasendo-as ao interior dessa, ou das barraginhas...



Com esses bigodes captadores de enxurradas capilares ou arteriais que escapavam, agora dará a algumas barraginhas que estavam consideradas quase inúteis, uma efetividade que aumentará em muito as águas captadas e um maior recarregamento do lençol freático, potencializando em muito a recarga do lençol freático, e esses terão reflexos e serão notados na perenização de algumas barraginhas inferiores e nas nascentes e minadouros!


Barraginha bem assoreada... E abaixo, ela já desassoreada, a referência de identificação é essa árvore ao lado de seu ladrão...

 


Barraginhas interiores com 18 anos de vida e pouco assoreadas...







A vedete dessa manutenção foi a introdução das curvas de nível com cochos sucessivos...


Sr. José de Almeida e Gilmar ajudando na marcação das curvas de nível com nível de pedreiro, de mangueiras com água...



Ai dá para notar os cochinhos sucessivos, faz-se um de 6 a 8 metros e salta dois metros interrompendo-os, mas ficam interligados por um sulco raso, de forma que ao encher, o excedente de um escorre ao cochinho vizinho, guardando os escorrimentos em encostas íngremes...





Fotos tiradas nessa sexta feira 2 de setembro, um dia após as chuvas que totalizaram 10mm...















Ai dá para notar os cochinhos sucessivos, faz-se um de 6 a 8 metros e salta dois metros interrompendo-os, mas ficam interligados por um sulco raso, de forma que ao encher, o excedente de um escorre ao cochinho vizinho, guardando os escorrimentos em encostas íngremes...







 Em locais que escoa mais água nas encostas íngremes, os cochinhos são expandidos como se fosse uma barraginha linear, várias conchazinhas sucessivas, várias baciazinhas sucessivas...


Experiência abaixo em Morro do ferro em 2014! 

Que está servindo de aval para a reaplicação nas encostas Jaboticatubas e nas encostas da comunidade da Estiva em sua região serrana de Santa Helena em Sete Lagoas...



Nesse link terão completo o plano aplicado em Morro do Ferro:http://projetobarraginhas.blogspot.com.br/2015/02/blog-post_11.html 




No detalhe, os cochinhos, simulando plantio de árvores a vontade, fruteiras, nativas e até eucalípto.

O plano inicial em Morro do Ferro foi aperfeiçoado após primeiras visitas in loco e ajustado na prática, a partir da das ações no dia a dia! Consiste em instalar um colar protetor na beira das voçorocas, onde os sulcos, riscos coletores d enxurradas capilares é a linha do colar e os e cochos são as contas do colar, as contas são os bulbos armazenadores de água de chuvas! Com esse colar envolvendo as voçorocas esperamos protegê-las e evitar o avanço delas, estabilizá-las, não desbarrancar mais. Em Morro do Ferro, menos acidentado, foi possível acoplar barraginhas e essa curva de nível com cochos sucessivos. Assim, 80% das enxurradas significativas são contidas nas barraginhas conforme desenho acima e os demais escorrimentos capilares, que por ventura não forem captados e caminharem rumo ao barranco da voçoroca, cairá fatalmente nesse anel coletor, que chamamos de colar, onde os cochos são as contas e o sulco que liga os cochos o cordão do colar, assim nada passará adiante. A água infiltrando umedece o barranco tornando firme, barrancos secos e trincados são vulnerável às primeiras enxurradas, depois que o barranco umedece, ele firma valentemente! O risco de desbarrancar é no início das chuvas.



Planta aérea que demonstra, ilustra bem a tecnologia dos cordões com cochinhos.





Essa que é a vala rasa que estamos chamando de cordão do colar, depois vamos abrir as contas, os cochinhos...


Nas próximas quatro fotos veremos o avanço da construção de um cochinho.

As rampas dele são inclinadas...


Esse cordão é que vai interceptar a água, os escorrimentos de enxurradas maiores e as pequenas, as capilares, dentro da vala a enxurrada corre para o lado que quiser, para o da direita, ou para a esquerda. Quando os cochinhos encherem, a vala começa a encher também... Mas entre uma chuva e outra, vai infiltrando e poderá chover mais... Sempre estará guardando água durante todo o ciclo de chuvas...

Eis ai um cochinho pronto...





Abaixo, exemplo de um cochinho plantado com eucalípto, na comunidade de Estiva em Sete Lagoas.


Plantio nas bordas e no em torno úmido dos cochinhos e barraginhas...




Cocho enchido pela primeira vez, a terra ainda está viva...



Depois eles reverdecem, se harmonizam com o natural...

Abaixo o verde forte a direita, do lado que a água infiltra, seguindo a gravidade do terreno, essa água deve vir um pouco fertilizada, nitrogenada naturalmente pelas chuvas...


Delegação da região de Itaobim no Vale do Jequitinhonha visita a Embrapa e a comunidade de Perobas em Jequitibá-MG.

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Itaobim e o projeto barraginhas da Embrapa, são parceiros ha uns três anos e recentemente, esse relacionamento se intensificou, uma equipe do projeto visitou Itaobim ha uns 90 dias para ministrar treinamento sobre montagem de fossas sépticas biodigestoras. Há uns 45 dias atrás recebemos a visita de dois representantes daquele município, o secretário de agricultura Mardem e o técnico Agrícola José Cândido e através do existo dela, já ficou agendado uma outra visita agora de um grupo maior, um ônibus com representantes da região. Vieram para uma programação de dois dias na Embrapa, sendo uma tarde essa visita a comunidade de Perobas para conhecer a agricultura familiar irrigada pelo sistema de gotejamento e a integração com o projeto barraginhas, através de 45 lagos criatório de peixes, as próprias barraginhas, foram 200 construídas, as 30 estufas para mudas, os kits irrigação e as 22 fossas sépticas biodigestoras. Sentimos que essa visita foi um sucesso, o Dilson Resende, líder da comunidade, que recebeu o grupo, era o mais feliz, junto comigo, pois sentíamos pelas demonstrações de satisfação que os visitantes demonstraram em seus semblantes, em suas manifestações faciais, não deixa dúvidas! As ações desse projeto são patrocinadas pelo programa Sócio Ambiental da Petrobras, em parceria com a Embrapa, a FAPED e os municípios, aqui o de Jequitibá.

Luciano Cordoval.





O secretário de agricultura Mardem fez a abertura do dia de Campo.





Depois eu, Luciano, fiz uma apresentação sobre as atividades do projeto, nesse município de Jequitiba, bem como nos outros e depois passamos um vídeo sobre a parceria no município.


Fomos a campo conhecer o mais forte do município e dessa comunidade de Perobas, que é a agricultura intensiva irrigada 100% por gotejamento, foi o ponto alto, encantou!!!



Gotejamento é um sistema para a crise hídrica e energética, gasta-se, ou economisa 75% de água e energia elétrica... Vejam, só molha na linha de gotejo, ficando 80% seco...




A passagem nessa venda de rapadura foi outro grande momento, o produtor além da agricultura, tem gado, fabrica rapaduras, e tem um comercio muito ajeitado, todos entraram na rapadura, 3horas da tarde, um sol de rachar... Moral da história, o Sr. Zé induziu a turma na rapadura e de repente, vendeu toda sua água que estava no freezer...rsrsrs...


Caminhamos bastante...



Visitamos uma das nascentes do córrego das Perobas...








Outro grande momento foi a parada nessa fossa séptica, de 4 caixas, germinada para atender duas famílias...Essas fossas é uma parceria entre duas Embrapas, a de Sete lagoas e a de São Carlos.




Aqui, o líquido tratado, sai limpo, em forma de biofertilizante, que gera um atrativo para a adoção desse sistema...



As 17:30horas, o lanche com cachorro quente, não sobrou nada, raparam a panela, um sucesso!



Muita alegria dos afrintriões e Mardem, felizes pelo sucesso do eventos, graças a Deus!





Distribuição de lonas para estufas que servirão para produzir mudas olerícolas...






Dilson lavando o panelão do cachorro quente, era um dos mais felizes....






Missa Conga do 28º Festival de Folclore de Jequitibá, setembro 2016.

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Em menos de dois anos iniciou-se esse encantamento pelas coisas de Jequitibá, inicialmente a parceria com o poder público municipal, depois as andanças pelas comunidades, conhecer rapidamente seis a oito comunidades, seu povo, principalmente algumas pessoas simples, que aos poucos foram se tornando referência. Em cada comunidade conheci tesouros, e vou citar alguns, Sr. Geraldo Sapão do Baú, Sr. Eles do Sacanoa e Sr. Arnaldo também do Baú, Sr. Guilherme e seus filhos em Abelha, Sr. Raimunidinho em Perobas, pessoas especiais... Realizamos bastante lá, onde era para fazer 15 laguinhos, fizemos 45... 200 barraginhas, 30 mini estufas, 22 fossa sépticas, essas ações tiveram apoio além das famílias das comunidades, de pessoas do poder público, e gradativamente fomos envolvendo... E ha uma ano atrás participamos da festa do folclore, principalmente na missa Sertaneja e nesse ano voltamos na 28ª festa na missa do Conga, em homenagem aos congados da região e de outras bandas de Minas Gerais, momentos indescritíveis, vale a pena! Album sem legendas porque as fotos falam por 1000 palavras.

Luciano Cordoval.





























Encontro da associação Amanu, formação continuada dos feirantes da Raizes do Campo.

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Que maravilha, o Sr. Antonio Pereira de 82 anos, o maior talento da região serrana do Cipó Jaboticatubense falando pelas comunidades, apresentando o painel de seu grupo de trabalho sobre as barraginhas. Frase dele no painel, percebo: "estamos com muita esperança no projeto barraginhas para fazer a fertilidade do solo em toda a região e para as nascentes sobreviverem o tempo todo de sua vida o ano todo". Não teria pessoa mais apropriada para representar o projeto barraginhas em tão portentoso encontro, parabéns AMANU, que lindo evento, que show de empoderamento das pessoas, de comunidades. Fico feliz de ver esses grandes momentos numa sexta feira a noite, de emocionar, de sentir e poder dizer que valeu a pena essa caminhada, semente plantada, germinada e frutificando, disseminando... Sinto com o sentimento do dever cumprido, valeu conhecer vocês, ajuntar as forças com vocês. Obrigado ONG AMANU, nas pessoas de Daya Gloor Vellasco, e de Luiz Felipe Lopes Cunha, Ramonn Mello e Sonia Oliveira, obrigado Jaboticatubas, obrigado Senhor.

Luciano Corodval.

Daya, uma das coordenadoras do encontro distribuindo os grupos de trabalho, vejam dentre outros grupos, atrás de sua mão direita o grupo barraginhas.
Sr. Antônio apresentando o painel sobre barraginhas em suas comunidades, maravilha!!!!


Outras apresentações de grupos.





Luiz Felipe, um dos diretores da ONG AMANU, em sua fala mobilizadora.



Sr. Antônio Pereira

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Essa semana que passou foi especial para o projeto Barraginhas, fomos levar alevinos, filhotes de peixes para realizar o peixamento de mais 8 micro lagos criatório de peixes, dois na comunidade do Berto, dois na da Espada em Jaboticatubas-MG e quatro na comunidade Buracão, no município de Santana do Riacho-MG. Interessante que para passar de um ao outro município, tínhamos um grande obstáculo, o rio Cipó e tivemos que utilizar uma pinguela de uns 100 metros, de tábuas sobre caibros suspensos por seis cabos de aço. Passamos, mas ela movia todinha, uma sensação única! Mas compensou, do lado de lá encontramos quatro famílias, três de jovens recém casados, com filhos pequenos, descendentes de duas famílias que predominam por lá, a do Sr. Antonio Pereira de 82 anos e a da D. Osvaldina de 50 e poucos anos, dois tesouros, um lapidado e outro a lapidar... As fotos deste álbum mostrarão o quanto foi especial essa tarde, fomos privilegiados de ter vivido esses grandes momentos! As ações desse projeto, são patrocinadas pelo programa Sócio Ambiental da Petrobras, em parceria com a Embrapa, a FAPED e a ONG AMANU, Ecologia, Educação e Solidariedade.





















Placas de Capelinha

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primeira comunidade

Comunidade de Cisqueiro e Pau de Cheiro











Noutra comunidade







Comunidade Quilombola de Santo Antônio do Fanado.



Impermeabilização para perenização de um Mini açude/barraginha em Capão Inocêncio.

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É uma experiência que está sendo conduzida para perenizar algumas barraginhas/mini açudes, que tem uma tendência de segurar água parcialmente, esperamos com essa impermeabilização de 40 a 50% do lago, mais a parte frontal, ou toda rampa do aterro. Essa experiência poderá ser estendida a outras propriedades, que estejam com problemas de aguadas e que suas barraginhas tenham essa característica de já ser meio impermeabilizada naturalmente pelo seu tipo de solo.














































Barraginhas nas encostas serranas do Vale do rio Caratinha, 2005.

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Parceria: Fundação Banco do Brasil, prefeitura de Carratinga, UNEC e Embrapa.
 Objetivo: amenizar enchentes!



Fotos de Zé Fernando




Zé Fernando bom dia, que emoção ver essas lindas barraginhas... Vou transferir mais emoções a outros dois amigos que estiveram juntos nessa empreitada, o Mario Teixeira e o Jacques De Oliveira Pena. Corrigindo um pouco a sua introdução, não foi a Petrobras que patrocinou esse convênio entre a Prefeitura de Caratinga, a Fundação Banco do Brasil, a UNEC e a Embrapa, foram recursos da Fundação Banco do Brasil, ok? Pelo menos as 514 barraginhas iniciais em que participei ativamente. De 17 a 20 de novembro de 2004, participando da 1ª Conferência Internacional e Mostra de Tecnologias Sociais, numa escapada a noite para tomar chope com um grupo de umas 15 pessoas da área, do mais alto gabarito, nasce a ideia/desafio de atacar os vales dos córregos entre as encostas íngremes de Caratinga, visando amenizar as suas enchentes. Nesse período recebemos uma delegação de Caratinga com uns 10 membros, que visitaram o projeto piloto Paiol em fins de 2004. Nessa delegação vieram: o prefeito, um coronel da Defesa Civil, o presidente da Fundação BB Jacques Pena, o gerente do BB de Caratinga, alguns empresários, o professor Leopoldo Loreto da UNEC, entre outros. Depois a Embrapa apresentou um Seminário na UNEC, apresentando uma proposta para amenizar as enchentes com um arrojado projeto com centenas de barraginhas segurando as enxurradas lá nas encostas das micro bacias dos córregos que caem no rio Caratinga, esse contou com a presença de um diretor da Embrapa, do Mario Teixeira da FBB, eu e Daniel Guimarães da Embrapa éramos os palestrantes. Aprovado a ideia pela direção da Embrapa e das partes, FBB e sociedade de Caratinga/UNEC, passamos para a prática de construção de barraginhas, com os treinamentos da equipe gestora local , que iria implantá-lo no campo. Nesse ambiente, dentro de um consenso nasceu essa barraginha com aterros largos e pisados por cima, por se em região serrana não poderiam se romper. Depois de umas 100 barraginhas construídas foi realizado com os parceiros um dia de Campo, que contou com muita gente, destaque para o presidente da FBB e da Deputada na época, hoje prefeita de G. Valadares. Abraços.


Visita da delegação de Caratinga em 2004 capitaneada pelo prefeito Ernani e pelo presidente da Fundação Banco do Brasil, Jacques Pena.


Seminário para a apresentação da proposta à sociedade de Caratinga em dezembro de 2004, por técnicos da Embrapa.

Lista de presença do presentes ao seminário.

Em abril de 2005 deu se o início aos trabalhos, que avançaram pelo ano adentro, essas otos pela sequidão das pastagens, demonstra ser mês de agosto, por ai!

Clic na foto para ampliá-la, essa foto é maravilhosa ampliada!!!!!
Região serrana maravilhosa, destacando as lavouras de Café, que predominam na região.




Show de foto


















Show!




Treinamento em 2010, num convênio Fundação Banco do Brasil e Embrapa para treinar e supervisionar a implantação de Barraginhas nos estados do Ceará, Sergipe, Rondônia, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Minas Gerais.



À frente de camisa da FBB Humberto e ao seu lado o Calixto, ambos coordenando esse curso numa parceria Fundação Banco do Brasil e Embrapa. Este contrato firmado entre a Embrapa e a FBB visou treinar técnicos de seis estados para a introdução dessa tecnologia Barraginhas nesses estados. Participaram técnicos de ONGs, Fundações e do SEBRAE.
Na mesma foto atrás de Humberto de camisa amarela, ao fundo esquerdo, Fernando e Professor Loreto de Caratinga.









 Essa barraginha foi construída numa aula prática durante esse curso em 2010


Após esse treinamento, foram distribuídas 1000 barraginhas por estado, Caratinha recebeu em torno de 500 delas.


Peixamento de seis micro lagos e construção laguinho do Zito em Jaboticatubas.

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Álbum lindo, as fotos falam mais do que 1000 palavras, esse momento da entrega dos alevinos é sublime, encantador, emocionante, vale a pena viver todo trabalhão que antecede, para receber essa recompensa, essa caminhada é que oxigena o projeto Barraginhas da Embrapa, obrigado a todas as famílias participantes que acreditaram. Também nesse álbum o mini mutirão na construção do laguinho do Zito, uma festa...

Luciano Cordoval.

Soltura dos peixinhos no primeiro lago construído em Jaboticatubas, no Berto, da família Luiz e Lílian.





No Altair e Elza, outros felizes...


No Pedro, em seu lindo laguinho...


Laguinho apertado, entre o barranco a casa e ao fundo a horta, todo laguinho construído pela frente, tipo gaveta, a máquina entrava e sai só pela frente, difícil, ma possível. Lindo laguinho.


Esse Sr. que não sei seu nome, está encantado, deu um capricho demasiado nas bordas de seu laguinho...









Construção do laguinho do Zito, 
eu tinha que estar presente, um mutirão, a vizinhança toda lá, verdadeira demonstração de amizade, admiração e respeito pelo baixinho simpático.

Preparando as rampas, suavizando-as...


Pronto para receber a lona impermeabilizadora.


Início da colocação da terra sobre a lona, uma camada de 20 a 25 cm para sua fixação ao fundo e sua proteção contra sol, e unhas de animais e dos próprios peixes. 



80% recoberto...
98% recoberto, faltando somente esse pedacinho de lona a direita, última conchada de terra...



Imediatamente deu se o início de seu enchimento...

Foguetes foram espoucados e Seu Antônio e Zito até cantaram de empolgação...



Talvez os três mais felizes naquele momento...


O mini oásis do Zito, irrigado desde os pilãozinhos com cuia...







Outra criatura das mais felizes do dia, a Lílian...


Ouro nas mão de um tesouro...







Quarta reunião mobilizadora da Estiva em Sete Lagoas, foi com gosto de quero mais!

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Kelsen da Secretaria de agricultura de Sete Lagoas postou foto da reunião e disse no facebook:
Parceria da Prefeitura Municipal de Sete Lagoas e Embrapa. Bonito demais ver a Comunidade da Estiva mobilizada para receber os tanques criatórios de peixes. Dr Luciano Cordoval Barros da EMBRAPA e idealizador do projeto acompanhando de perto o inicio deste novo projeto. Dia 11/07 iniciaremos na pratica a construção dos 50 tanques.

Luciano Cordoval compartilhou a foto do Kelsen e disse no facebook:
Ótima mesmo essa reunião Kelsen E Isa Nether, o grupo está mesmo mobilizado, já estão cobrando nova reunião daqui uns dias, isso é um bom indicativo. Sugeri daqui um mês fazermos a quinta reunião, não mais para cadastramentos, mas já para apresentação de resultados, já com ilustrações do avanço da construção dos laguinhos e barraginhas e dos peixamentos, envolvendo as famílias no processo. Essa parceria Prefeitura, Embrapa/Petrobras/FAPED e a comunidade da Estiva está decolando, bons ventos sopram! Boa noite.




Kelsen da Secretaria de Agricultura faz abertura da reunião na comunidade da Estiva.


Levantaram a mão aqueles que possuem hortas em seus quintais, objetivo, contar o número de famílias para receberem kits irriga hortas de cortesia.


Nessa reunião foram tiradas a maioria das dúvidas sobre local para construir laguinhos, sobre os tipos de peixes a criar, sobre reposição de água/oxigenação e muitas outra coisa e ao final foi definido com o grupo como será o avanço da caminhada construindo os micro lagos.

Foram cadastradas nessa reunião mais 15 famílias, totalizando 35 cadastramentos contando as reuniões anteriores, agora é mãos a obra...

Ouve um lanche ao final...



Distribuição de kits já de noitinha, foram bons momentos de descontração, essas ações torna o grupo mais coeso, com vontade de participar de mais reuniões... Na próxima reunião mais kits e algumas mini estufas.

Após o corte da fita para cada família, eles enrolam as fitas, provocando momentos bem descontraídos...


Uma demonstração rápida de como montar os kits...


Missa


Comportamento de uma Barraginha artesanal no seu 7º ciclo de chuvas.

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1ª chuva dessa 4ª rente de chuvas!







3ª chuva dessa quarta frente de chuvas!
 












Primeira boa frente de chuvas em 2016 na Embrapa em Sete Lagoas.

Fotos o passo a passo da construção do lago de múltiplo uso:

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 Veja com calma esses dois álbuns nesses links:
Lago do comendador, é um bom passo a passo de sua construção, ai você aprende a dobrar a lona como um charuto grosso, e vai desenrolando a medida que vai colocando a terra sobre a lona... :
http://projetobarraginhas.blogspot.com.br/2014/06/lago-de-multiplo-uso-do-comendador.html


 Outro bom passo a passo a construção desse lago, lonamento, detalhes das inclinação das rampas, e lago cheio: 

http://projetobarraginhas.blogspot.com.br/2012/09/tecnico-treinado-se-transforma-em-clone.html?q=clone

 Esse lago é do exemplo acima, abre ele que verá o passo a passo:





Rampas bem deitadas, suaves...



Como lonar, sem pisar na lona, veja no link no início, na construção do lago do comendador...




Avançar na colagem de dois em dois metros, colocando terra sobre a colagem,







lago pronto... lona coberta com uma camada de 25 cm de terra...




Placas do projeto barraginhas da Embrapa instaladas em comunidades de Capelinha.

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primeira comunidade

Comunidade de Cisqueiro e Pau de Cheiro.











Noutra comunidade





Comunidade Quilombola de Santo Antônio do Fanado.



Comunidade de São Caetano de Aricanduva.

Peixamento do 7º ao 15º micro lago da comunidade da Estiva!

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