A experiência de construir curvas de nível com cochos sucessivos em encostas íngremes, iniciou se no distrito de Morro do Ferro em Oliveira-MG em abril de 2014, foi testada com sucesso em dois ciclos de chuvas e recente foi estendida ao município serrano de Jaboticatubas em julho de 2016, agora está sendo implantada em Sete Lagoas, na comunidade da Estiva, na fazenda do Betinho. Aqui elas virão complementar o projeto Piloto do ribeirão Paiol, onde foram construídas 960 barraginhas em 60 propriedades em 1998. A região dos minadouros do Betinho tem encostas em forma de uma ferradura, envolvendo 8 barraginhas que sustentam os três minadouros que abastecem a fazenda de água, (estábulo, bebedouros, três casas e um lago criatório de peixes). Agora está sendo complementado com seis curvas de nível, envolvendo essas oito barraginhas e captará os escorrimentos de água que escapavam ao controle destas. É esperado que dobre o volume desses minadouros, que já são suficientes para a demanda da fazenda. É uma experiência que vem sendo preparada para contemplar encostas degradadas de regiões serranas, onde as barraginhas são impeditivas. As barraginhas limitam a encostas abaixo de 12% de declive e as curvas de nível com cochinhos, feitas de retro escavadeiras, contemplarão encostas até 25%.![]()
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Um parêntese nesse álbum da construção das curvas de nível com cochos sucessivos, para mostrar o seu planejamento: em 15 de abril de 2016, durante uma visita às comunidades serranas de Berto e Espada, percebemos esse potencial em Jaboticatubas, serra do Cipó, e inspirou o planejamento de um modelo da captação de água de chuvas em solos declivosos, uma espécie de barraginha linear em encosta serranas. Esse modelo tinha sido testado com sucesso em 2014 em Morro do Ferro para controle de voçorocas, sendo construídos na beira de megas erosões, para evitar a entrada de enxurradas nas beiras dessas voçorocas. Aqui agora ele está sendo ajustado para encostas serranas.
(ao final desse álbum, é mostrado o modelo aplicado em Morro do ferro)
Fotos tirada durante a visita em abril de 2016
Uma tendência nessa região de Jaboticatubas, limites com Santana do Riacho, nas encostas da serra do Cipó, é de solos ondulados com inclinações entre 15 e 30%, portanto, impraticável para barraginhas tradicionais. Predominam solos firmes e com bastante cascalho, pouco erosíveis, quanto a erosão sulcadas, raramente se vê voçorocas, solos com média a baixa capacidade de infiltração, mas com uma facilidade de erosões laminares, levando toda camada fértil embora. A sequência de fotos mostra uma região seca e degradada.Terras degradadas, arrasadas! Clic nas duas fotos abaixo para ampliá-las.
Caminhando com Luiz Felipe, nesse momento, vendo tanta terra degrada, disse a ele que nosso país está encolhendo, com suas terras se degradando dia a dia...
O desenho abaixo é idealizado nessas rampas dessas fotos acima, nessa imediato acima, vemos os vários veios de enxurradas, quase chegando a se tornarem grotas, mas são pequenas grotas, ou grotinhas, que vão desaguar em córregos, muitas rampas desaguam em estradas. Então no desenho abaixo, onde diz estrada, pode ser também substituído por córrego.
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Este desenho foi idealizado, a partir dessa visita, baseado na experiência aplicada no distrito Morro do Ferro em Oliveira, onde introduzimos com sucesso um processo de colher as enxurradas em forma de uma curva de nível transformada em um cordão com contas de um colar, onde um cordão é constituído de um sulco raso, um reguinho em nível, (o cordão de um colar) e as contas são cochos pequenos de 8 a 10 metros de comprimento por dois e meio metros de largura em média e por 0,8 a 1,0 metro de profundidade, espaçados 3 a 5 metros um do outro, ligados entre si pelos sulcos ou reguinhos. Assim o terreno como um telhado, antes dos cordões, escorreria direto a estrada ou ao córrego, agora com cordões com os cochos sucessivos, instalados numa curva sim outra não, recolherá as enxurradas das chuvas guardando-as nesse cochos, dando tempo para que infiltrem entre uma chuva e outra. O desenho mostra só duas curvas com cochos, mas imagine acima, saltando a próxima curva a seguinte também terá cochos sequenciados, sempre uma sim outra não. Essas curvas imaginárias desenhadas, representam uma inclinação onde sobe 5 metros, a cada 10 metro de espaçamento entre curvas, assim nessa rampa, de 60 metros de largura, sobe 30 metros de desnível. A experiência em Morro do Ferro está ao final desse álbum.![]()
Detalhe tirado do desenho anterior para mostrar o que pode se plantar no em torno dos cochinhos umedecidos pela infiltração das águas contidas das enxurradas. Essa infiltração provoca uma franja úmida, principalmente na parte baixa dos cochinhos... Ai pode se plantar de tudo, abóboras, sobre os ateros, milho e feijão abaixo, na parte superior dos cochinhos pode-se plantar arvores frutíferas, nativas e até eucaliptos... É lógico que tem que colocar esterco, calcário, adubos, pois esses solos estão degradados... Chegando a água, volta o homem, volta o ânimo, a motivação e gradativamente vai se avançando sobre as áreas degradadas, recuando-as... Resultados das Seis barraginhas construídas nesse canto alto da fazendo do Betinho:
Introdução:
A fazenda do sr. Betinho é uma das 60 fazendinhas da bacia do projeto piloto Paiol... Em 1998 fizemos 960 barraginhas nessas fazendas, sendo 48 na dele (temos a pretensão, ainda antes das chuvas desse ano, de complementar a região dos minadouros para ficar, como ele disse: “bonitinho, completo”...)
A partir de 1998, por ser uma região perto de Sete Lagoas, eu levava lá o pessoal dos jornais e TV, revistas agropecuárias, etc... durante uns 12 anos não saía de lá, e ele adorando as reportagens (sua mulher dizia confidencialmente que ele adorava)... Mas naquele tempo ele não dava destaque aos minadouros... falava, mas sem convicção, ou talvez eu não estivesse preparado para receber essas mensagens.
Posteriormente foram surgindo outros compromissos e com a expansão do projeto, fomos nos distanciando por mais de seis anos, mas agora voltamos com toda força...
Recentemente (2015) a Revista do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) mais a TV CREA, vieram me procurar e fizemos essa matéria. Eles tem uma meta de editar uma matéria semanal para TV aberta, matéria paga, e vários vídeos "cases", para disponibilizar em seu site. Já gravamos cinco capítulos de uma “mini série”... Vamos gravar outros sobre voçorocas, húmus, etc.
Penso que esse afastamento foi bom para que ele caminhasse sozinho, e agora ele traz coisas que digeriu por si mesmo durante todo esse tempo, por isso nos entendemos e interagimos tão bem lá dentro do mato durante essa gravação...
Considero imensa a importância deste exemplo para sublinhar a sustentabilidade do projeto Barraginhas a longuíssimo prazo, legitimando todo o nosso esforço de conscientização e também sobre a necessidade da experiência concreta dos pequenos produtores rurais, no entendimento de que esses minadouros são como pequenas jóias que passam a brilhar na paisagem antes árida, demarcando sua total recuperação.
Também fizemos questão de manter na transcrição o linguajar coloquial da roça, sua originalidade e singeleza bem à moda de Guimarães Rosa, patrono cultural deste recanto do cerrado mineiro.
A partir do lindo lago criatório de peixes, entramos, eu e Sr. Betinho, mato adentro, subindo numa trilha até encontrar água corrente, proveniente dos minadouros, ou melhor, da água de chuvas captadas pelas 8 barraginhas que estão na parte superior desse mato, dessas nascentes. Abaixo segue transcrita a nossa conversa, que foi filmada nessa caminhada até os minadouros, no interior da mata. Os textos em itálico são as falas de Betinho.
Luciano Cordoval
Betinho: - esta mina aqui é a que vai lá para casa, ainda apenas um pequeno merejo, (são três mangueiras, a primeira foi colocada há 18 anos atrás, uma segunda tempos depois e a terceira recente, à medida que ia aumentando a água, acumulativamente, ele ia colocando mais mangueiras)... esta mangueira aqui, vai lá para casa... você tá vendo a mangueira lá no fundo? (de um rego raso) ali...
Luciano: - eu tô vendo, não sei se sairá na filmagem, mas estou vendo. Cê disse que essa aqui vai para sua casa, e a outra?
Betinho: - a outra, na mina mais em cima vai pro curral.
Luciano: - então essa que tá correndo, aqui... (me interrompe)
Betinho: - é um corguinho...
Luciano: - você consegue captar toda? Ou desperdiça um pouco?
Betinho: - vão que consigo ¾, ou metade... ah!
Subimos mais um pouco na mata, à medida que subíamos aumentavam as minas em forma de um pequeno rego nivelado, a água espalha rasa, um metro de largura, cristalina... impactante, linda... Dando para ouvir o barulhinho da água na cachoeirinha, após esse trecho nivelado, vem a cachoeirinha... O silêncio da mata dá para ouvir os passos do Betinho pisando as folhas secas... Coisa mais linda , ver o mato, a copa das árvores, o céu, os raios solares penetrando na mata (vi isso filmando para o alto as 15 h). Continuando a subida rumo à mina superior, ou subindo o pequeno rego encachoeirado, as minas vão sendo incorporadas no rego, assim, vamos subindo e nos encantando... Que lindo, a água cristalina novamente, correndo e fazendo barulho de corredeira, captada pela filmagem, bem como os movimentos do Betinho, eu parado filmando, ele vai aqui e ali, me mostrando, tocando as coisas com uma vara... Forma-se um barulho estridente do pisar nas folhas em contrate com o silêncio proporcionado pela mata...
Luciano: - como é que você disse?
Betinho: - aqui ela já tá nascendo (outra mina)...
Luciano: - nossa! que coisa!! (pausa)... que coisa maravilhosa (sentimento de encantamento)
Betinho: - tá dando para ver a ponta da mangueira?
Luciano: - o olho d’água?
Betinho: - não... é o lugar onde a segunda mangueira está saindo, iniciando, e levando água para o curral.
Luciano: - ela num tem um lugar definido onde nasce, não?
Betinho: - não, ela mereja, olha o barulhinho dela...
Luciano: - cachoeira, aí?
Betinho: - esse barulhinho, sai aí na filmagem?
Luciano: - olha alí, a água passando debaixo do pau, da raiz, em cachoeirinha... que beleza!!
Betinho: - piabinhas, tá vendo? No fundo aí, ó! Tá vendo? ( pausa) viu elas?
Luciano: - tô vendo, tá saindo tudo na filmagem, aqui (pausa... filmando) ... nossa, que trem maravilhoso!... (pausa na voz, mas dando zoom na filmagem do rego)
Luciano: (filmando o corguinho correndo entre a mata) - você disse na filmagem daquela reportagem outro dia (pausa longa... filmando a água passando) ... cê disse que essas minas aqui, cê disse duas coisas, né? Lembra, o que você falou?
Betinho: - falei das barraginhas lá em cima e das árvores daqui da mata (repetiu “mata”, fortalecendo a função da mata).
Luciano: - como você acha que cada um ajuda a revitalizar as minas?
Betinho: - é... eu acho, as barraginhas, a água infiltrando devagarzinho, né? Descendo, para ajudar a mina, né? E as árvores, dá sombra, né? Dá sombra, né? (repete...) Cê sabe que água, a mina, não pode tomar muito sol, né? Mina dágua, cê sabe, tem que ser bem coberta, né?
Luciano: - sei...
reforcei: - as barraginhas, toda vez que chove, elas colhem e dá um prazo, pra infiltrar, né?
Betinho: (ele reforça, com gestos) - se não tiver elas, elas passam... (as enxurradas)
Luciano: - se não tiver elas, o que acontece?
Betinho: - se não tiver elas, a água das chuvas, elas iam tudo pro córrego, ia embora...
Luciano: - além das erosões, né Betinho?
Betinho: - pois é... erosão e além disso, ela vai pro córrego, dá enchente, (pausa)... à toa(quis dizer que enchente não serve pra ninguém, nem o córrego gosta)...
Luciano: - tá, o sistema lá das barraginhas dá um abraço nas enxurradas, dá um espaço, tempo para infiltrarem, né?
Betinho: - às vezes uma chuva da outra, né? Chove hoje, amanhã num chove, né? No outro dia ela abaixa um pouquinho, (Betinho empolgado, engrenou uma marcha firme agora, não parava de falar) ... vem outra chuva e segura mais água, ela fica às vezes meses segurando água. Aqui nesse Corguinho, a coisa mais difícil aqui nas minas é ter enxurradas, antigamente tinha até enchentes nessas minas... Agora as barraginhas não deixam...
Luciano: - esse tipo de grota aqui, mais esse tipo de solo pisado/firme aqui, né?
Betinho: - firme, firme...(repetiu)
Luciano: - esse tipo de mato, tudo encaixa para favorecer esse abastecimento de água lá em baixo (Betinho louco para encaixar na minha frase, ficou o tempo inteiro aprovando com a cabeça)
Betinho: - isso... tudo.
Luciano: - dá certinho
Betinho: - deu certo...
Luciano: - certinho
Betinho: - tudo segurou...(“tudo” se referindo ao favorecimento citado acima... que beleza, tanto sincronismo)
Luciano: - vou contar um negócio procê, depois vou filmar... Betinho, cê tem 48 barraginhas, 8 aqui no firme e 40 no cerrado, no firme o solo se chama podizólico, é fininho, baixa infiltração... e no cerrado, solo grosso, alta taxa de infiltração e se chama latossolo, bem poroso, né, (ele concordando com a cabeça)... no cerrado os formigueiro se esfarelam e no firme não (ele reforça com a cabeça concordando mais uma vez)...
Betinho: - aqui no firme, nem formigueiro tem...
Luciano: - fala das barraginhas do cerrado e daqui do solo firme, batido?
Betinho: - as barraginhas aqui do batido fica meses filtrando, devagar, já as do cerrado, qualquer coisinha, aquela terra podre vermelha, num instantinho a água vai embora. Com poucos dias uma barraginha esvazia, vai embora.
Luciano: - o córrego gosta é das do cerrado, num é?
Betinho: - É...
Luciano: - mas ocês da casa e do curral, gostam mais é das barraginhas daqui do batido, né?
Betinho: - É...
Luciano: - Betinho, nós estamos com três anos de seca, né? Cê acha que tem água chegando na mina, água de um a dois anos atrás, chegando agora?
Betinho: - acho, tem...
Luciano: - tem sim, tem, num tem?
Betinho: - tem.
Luciano: - essas águas dessas minas aqui, tem água de uns três anos que acumulou no lençol freático, num tem? (o tempo todo ele concordando com a cabeça).
Betinho: - tem... porque não choveu nada estes três anos e se não tivesse, elas tinham secado já! (continua)... elas infiltram e entram nessa serra ai (gesticulando) guarda aí e depois vem descendo, vem caminhando devagarinho debaixo da terra... vem, tem sim, tem efeito, senão já´tinha acabado as suas reservas, já teria diminuído muito e ela não diminuiu, mesmo seco, igual está, ela tá dando para abastecer, pensa bem!
Luciano: - cê, antes de chegar nesse ponto de conhecimento que tem hoje sobre essas minas... (pausa)... hoje ocê domina, sabe direitinho domar isso aqui, conversar com elas, né? Cê conversa com elas?
Betinho: - cê tem, cê num pode passar muitos dias sem vir cá...
Luciano: - senão ela fica triste... cê vem e encontra novidade?
Betinho: - cê vem, cê olha um filtro, cê olha as vezes uma água que está passando num lugar que ela não sabe passar... (entendi, que não pode passar, senão erode, escava, por exemplo).
Luciano: - Betinho, vem cá... há 18 anos atrás, cê alguma vez pensou: “eu nasci aqui dentro e não sabia que eu tinha um tesouro aqui”?
Betinho: - certo... (confirmando com a cabeça)... sabia que tinha condições de recuperar isso aqui, ela ficou uns 12 anos seca, morta, ela existia quando eu era criança, brincava nela, ela secou até 1998, quando ressuscitou com a construção dessas 8 barraginhas.
Luciano: - logo que você colocou a primeira mangueira aqui, o que você sabia do potencial dessa mina?
Betinho: - eu achei que não ia acontecer o que aconteceu... Achei que colocaria essa mangueira ai, essa água, teria água hoje e amanhã não teria mais...que iria faltar... A 1ª mangueira, pusemos uma de ¾ de água, ela foi lá no curral, tranquilo, a água continuou indo, passou a sobrar e aí, uai gente, vamos colocar uma outra, pegamos numa mina mais embaixo e mais recente, uma terceira mangueira para captar toda água... Quando colocamos a segunda mangueira foi também para abastecer esse poço lonado de peixes, fez o lago, pôs a mangueira, cai lá direto há oito anos, não é muita água, não, mas é o suficiente para abastecer também as três casas, o curral gasta muita água na higiene da ordenha mecânica, os bebedouros das vacas... Seria pouca se fosse abastecer tudo de uma vez, rápido, mas como ela corre 24 horas, 365 dias no ano, dia e noite, né, então não é pouca (reforça Betinho, conclui) ... ela não corta hora nenhuma...
Luciano: - tá bom, tá bom, eu te falei que aquele dia da filmagem para TV, que eu perdi o sono por causa dos casos que cê contou para a repórter sobre a mina... Betinho, cê já perdeu o sono por causa dessas minas? (deu gargalhadas)
Betinho: - não, mas o sonho meu aqui é assim, é de as vezes, tem hora de querer arrumar ela... Botar ela bonitinha, alisar ela, colocar uma caixa de cimento, que tal... para a água sair mais... , Mas ai agente fica pensando assim! É, vai mexer com ela, que está funcionando bem, não tá faltando água, pra quê? Vamos deixar quieto, sabe? Então, depois que nós pusemos essa água lá em casa, nós tínhamos problemas direto de água, era bomba no córrego, roda d’água, aquele desespero para jogar água na fazenda, tinha dia que você ficava até 8, 9 h da noite pelejando com a bomba para jogar água...Muitas vezes ficava sem água no curral... nas casas... Já tem bem anos que não preocupamos com água do córrego, com bomba e roda d’água... bons anos (balançando a cabeça)... Tinha também problemas com as enchentes, tinha que correr lá, tirar a bomba, a roda dágua... Se tiver uma emergência, a gente torna a recorrer ao córrego, né?
Luciano: - cê fala em emergência, cê com uma fartura de água dessa, (rindo muito... qual a emergência?) ... oh Betinho, mudando de assunto, tem árvore aqui nesse mato de 30 a 40 metros? Aqui mais em baixo, não, mas lá na cabeceira do mato, perto das barraginhas, lá tem um mato mais forte... Lá tem árvores de 30 a 40 m...
Betinho: - elas nascem aqui na beirada da grota, e das minas...
Luciano: - no seu entender, quais as plantas que indicam água?
Betinho: - essa aqui, a samambaia é uma delas, o ingá, ingá (sempre repetindo), esse cumprido aí na sua frente,...
Luciano: - E bicho, pássaros? Tem o quê?
Betinho: - tem paca, tatu, cotia, capivara, olha aí perto docê, esses escavados é dos tatus e das cotias querendo pegar iscas, minhoca, insetos...
BETINHO 487 CHEIA
ANO 2000
IMG_3117
ANO 2015
Olha ai a cabeceira do mato, próximo das barraginha, citado pelo Betinho!
IMG_3131
ano 2015
Betinho 481 água limpa
voçorocas húmus 148
voçorocas húmus 156
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FALTA NUMERAÇÃO DA FOTO E PODE RECEBER TRATAMENTO |
Planta da parte nobre da fazenda do Betinho, corresponde a um terço da fazenda total.
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FALTA NUMERAÇÃO DA FOTO E PODE RECEBER TRATAMENTO |
Da planta acima, cortando-a ao meio, esse pedaço, corresponde a metade a esquerda, a parte mais íngreme, com encostas dos dois lados escoando as suas enxurradas sentido ao eixo da grota em verde mais forte é a mata densa, uns 300m de extensão. Nessa área foram construídas as 8 barraginhas em 1998 que captam as enxurradas de suas encostas durante toda estação de chuvas e passaram a revitalizar os minadouros abaixo.
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FALTA NUMERAÇÃO DA FOTO E PODE RECEBER TRATAMENTO |
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FALTA NUMERAÇÃO DA FOTO E PODE RECEBER TRATAMENTO |
Nesse detalhe dá para mostrar o perfil do solo em corte de outras barraginhas de beira de estrada, dá para ver como a água das barraginhas infitram no solo e alimentam o lençol em cor azul que repousa sobre uma camada de impedimento marron.
Betinho minadouro lago 055
Betinho minadouro lago 037
Betinho minadouro lago 069
Betinho minadouro lago 070
Betinho minadouro lago125
Betinho minadouro lago129
SMA CREA Betinho 117
Água das minas chegando na casa do Betinho, saborosa..
SMA CREA Betinho 122
SMA CREA Betinho 126
Essa caixa é uma reserva para molhar o pomar/quintal.
SMA CREA Betinho 130
SMA CREA Betinho142
SMA CREA Betinho136
SMA CREA Betinho 154
Água nos bebedouros, poupa as vacas de ir no córrego beber água..
SMA CREA Betinho 168
SMA CREA Betinho 174
lago Betinho 048
Preparação da bacia para receber a lona, ao dizemos que está no ponto de lona.
lago Betinho 051
Estagiário de Agronomia da Faculdade FEAD de Belo Horizonte, fundamentais na sua construção, bem como tornar se carregadores e semeadores dessa semente para o resto de suas vidas!
lago Betinho 081
Abertura da primeira faixa de lona em solo bem preparado, alisado.
5 - Lago Betinho 089
Após cobrir cada faixa de lona, é feita a colagem da próxima faixa, até cobrir 100% do lago.
lago Betinho 101
Distribuição da terra sobre a lona, para sua proteção contra raios solares e unhas de animais.
Lago Betinho 119
Lago lonado, encerramento do lonamento.
SMA CREA Betinho 189
SMA CREA Betinho 193-a
Essa água nessa mangueira, cai ai 365 dias no ano, revitalizando o lago...
SMA CREA BETINHO MINADOURO 225-a
SMA CREA BETINHO MINADOURO 228-a
Água cristalina, viva.
SMA CREA Betinho 234
Betinho minadouro lago 286
Betinho minadouro lago 263