Mini-oásis na propriedade do Sr. Euclenísio e Dona Edenilza em Itaobim.postado em 23 de fevereiro de 2016
Bastidores da visita de Luciano Cordoval a propriedade da família de D. Edinilza no dia 21 de fevereiro pela manhã, onde fui buscar inspiração e me concentrar para ministrar a palestra no encontro da tarde! Vejam mais abaixo a transcrição de 10 gravações de vídeos que fiz com a família, uma loucura, muita emoção!
Percurso de Itaobim até a comunidade e casa de D. Edenilza...
Maravilhoso caminho, cenário...
A famosa pedra cara de Gorila...
Ja no mini-oásis...
O casal mais feliz da região...Sr. Euclenísio e Dona Edenilza em Itaobim.
Transcrições da gravação áudio visual:
Visita a propriedade da família do Sr. Euclenísio e Dona Edenilza em Itaobim.
Saímos ao campo para visitar a horta de D. Edenilza:
Já na entrada da horta:
Sr. Luciano, seja benvindo ao meu brejo, corrige seu marido: nosso brejo... Luciano: vamos andar no brejo, flutuar no brejo, rá, rá, rá... nosso brejo repetiu seu marido. Ela: tá nosso brejo... Luc: gostei da correção... mas você não pode ficar com ciúmes de sua mulher, não sô... ela ri... ele insiste: não pode ser só dela não, ~e nosso, gesticulando... Luc: onde estão brejo: ela: aqui tudo é brejo... Luc. É a primeira vez que aqui embreja? Primeira vez, responde ela... O pé de mamão até caiu, uai... luc: o que é aquilo ai gente? Ela: aquilo é água é a cisterna, luc: mas com água até a boca, faltando menos de um palmo para vazar por cima... No dizer rural, cheia até na boca! É minha cisterna, meu tesouro, risos... nossa cisterna corrige o marido, risos... Em setembro estivemos aqui e a água estava lá embaixo a set metros, ela: sim, ela enchia o máximo há uns quatro metros da superfície e é a primeira vez que chega na boca?
(a explicação, é que até setembro só tinha duas barraginhas acima da cisterna, e que no final do ano o projeto construiu mais três, ai a colheita de chuva foi quase total, ai a sustentação dessa cisterna...)
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Após a entrevista almoçamos uma comidinha caseira!!!!!!!
Continuação da conversa, agora na cozinha da casa:
Todos rindo, o marido de D. Edenilza disse: antes aqui morria de sede por falta de água, agora morre afogado com tanta água... ka ka ka ka.... rsrsrsr... Inclusive aquelas pimentas bonitas do ano passado, morreram afogadas... Luc: agora vocês vão ter que adptar, plantar o que gosta de excesso de água nesses brejos localizados nas águas e seca que esses brejos vão tornar se filés... Plantio com umidade controlada...
Continuando:
O que achou da visita aqui ontem? Quem esteve aqui ontem? Edinilza: desculpe, não me lembro mais o nome, mas é o prefeito de Divisópolis, divisa com a Bahia. Luc: conta qual foi a sua satisfação e o que sentiu nele? Ela: ele é uma pessoa... eu gostei dele, é uma pessoa simples, culta, bem descontraída, e gostou muito do projeto e falou que vai implantar ele lá também... Luc: Sentiu firmeza nele? Senti sim, percebi os olhos deles brilhando o tempo todo... Luc; e os seus brilhavam também? ELA: Sim, risos, gargalhadas suaves, rsrsrsrs...
A filha dela de 18 anos sorridente completou: ele “emocionou”...Você estava também ontem? Ela, afilha: foi bom demais, foi bom? Demaisa visita dele, maravilhosa... Luc: Idenilza, vocês tem quantos anos nesse cantinho aqui? Quatro anos, Luc: quatro anos de felicidade? Exatamente, essa é a resposta, quatro anos de felicidade... (com sorriso aberto)!Luc: valeu a pena comprar isso aqui? Valeu vichi, como valeu... Cada dia que acordo, abro a janela do meu quarto e agradeço a meu Deus, obrigado! Não tenho palavras, obrigado.Luc: bacana, bacana...
José Caetano: Ô Luciano, olha essa foto aqui no celular... Olha o volume de água dessa barraginha? Luc: Edinilza, vocês estão montados na água, em? Ela concorda, rindo, sacudindo a cabeça: montado na água, e eu: kkkkk, estamos montados na água, pisando na terra e atolando, rindo... Seu marido anima umas palavras: atolando, até burro está atolando agora, (nas baixadas e abaixo das barraginhas).
Luc: vocês recomendam isso para os outros? Recomendamos...luc: onde vocês vão , contam isso? Ela: sim, onde nós vamos, contamos sim,1 Luc: igual uma benção, uma resa? (eles são muito religiosos) Todos os lados, é nossa história de vida! Repete: nossa história de vida... José Caetano interrompe: olha essas fotos ai, passando no celular.... Luc; o que é isso ai? Uma barraginha grande cheia, parece uma hidrelétrica, rsrsrsrs... ka, ka, ka, ka... ra, ra, ra, ra... Uma Belo Monte? Pergunta Luc: Olha a água, vindo até a crista do aterro, cá em cima. Deixa eu ver direito? Rapaz, que trem bonito sô, admira Luciano... Ela: Lindo demais... Luc: as lá de cima esvaziam para dar vidas as de baixo...
Luc: mas me conta essa estória: o que as lá de cima fazem com as cá de baixo? As cá de baixo, permanecem vivas, é, as lá de cima já esvaziaram, para dar sustento as cá de baixo... é uma coisa que não vai beneficiar só nós, vai beneficiar até o vizinho aqui abaixo... Ele está pegando carona na água de vocês...? Sim, esse matinho dele abaixo está atolando...
Agora sua filha de 18 anos que mostra as fotos no celular. Luc: Como é? Essa aqui, mostrando a barraginha abarrotada, essa aqui, é aqui em frente! Essa é a barraginha aqui na frente, (abarrotada), essa aqui não esvazia, não. E os peixinhos que dia vem? A, não, tem que providenciar, sentindo difícil arrumar esses peixinhos... Encomenda ao menos uma amostrinha? Ela: temos que providenciar esses peixinhos... Ai a felicidade vai ser completa, vai ser bom demais. A filha mostra outra foto, Luc: nossa! Que bacana! (impacto), Um! Ela (barraginha) é “nossa realidade hoje”! Sorriso largo e calmo... Risos novamente... repete: essa é nossa realidade hoje... Luc: nosso sustento, com o semblante de felicidade... Luc : bacana, ela repete: nosso sustento...
Outra gravação:
Luc; o que passa na cabeça de vocês montados na água? Montado no dinheiro... dinheiro de água, risos... Essa é a nossa maior riqueza, que é a água, graças a deus... Luc ri: re re re re...
Quais os planos para esse ano, com tantra água? Sua filha: antes falava assim: não tem terra para plantar, agora agente tem terra e água... Luc intervém: ano passado já tinha terra e pouca água... agora ela completa: agora tem terra e muita água, só trabalhar, agora é com agente... vontade também não falta, né? Ela: fazer um projeto certo para não ficar plantando errado, né? Luc: agora é aprender fazendo, né? Ela: sim, aprender fazendo... Marido: organizar a plantação... Luc: como é essa estória de primeiro plantar um pouquinho de cada coisa, de tudo? Ela: para ver o que a terra dá, gosta, né? Porque chegamos aqui, há quatro anos tem quatro anos, que nós chegamos aqui, e tudo fluindo bem, tudo saiu bem, então, agora nós queremos continuar com o plantio de mandioca, com feijão andu, feijão catador... para vender para fazer farofa... E ai vamos, nós queremos produzir... Marido: vamos colocar quiabo, ele repete, colocar quiabo, porque brejou né?
O Sr. Profetizou, disse que ia brejar depois que completasse as barraginhas, e brejou, lembro sempre do SR...Risos, ra ra ra ra... Luc, tem que plantar uma moitinha de arroz nessa época de brejo, nas águas, uai? Ela: Repetiu: o Sr. Falou que ia brejar, e lá brejado agora, atolando até o joelho, tá brejado! Luc: e os girassóis, muito lindos? Ela: tem um lá que caiu, mas está uma florzona mostrando assim com as mãos, grandona.Existe pessoas mais felizes que nós aqui nesse momento, nesse segundo? Tem, não, tem, não, tem não... porque agora está tudo completinho.. virando os olhos de felicidade, sorrindo!
Luc: por isso não largo, ela sorri, não largo, não... Eles não entendendo, corrijo: “não largo, essa caminhada”, essa caminhada de tropeçar e conhecer gente/tesouros como D. Edenilza, que oxigena o projeto, e a mim...
Sua filha: O dia que cheguei aqui, o Sr... Mãe falou que o Sr. Esteve aqui fim do ano passado, eu estava besta de tanta água agora, que o Sr. que abençoou, nós, primeiramente Deus que abençoou para dar esse presente para nós aqui, com bastante água... Aqui, quando nós entramos na horta estava atolando, ai mãe falou: o moço que deu nós a barragem, falou que aqui ia atolar... É virou brejo, graças a Deus.
Sua filha continua:
Para quem viu como era aqui antes, e já escutou que aqui não tinha água... Que nós era doido de ter comprado isso aqui... que não sei o que... Quando vê cheio de água agente atolando na água alí... Isso aqui é um privilégio, uma benção de Deus, uma maravilha... Ô menina, esse foi o melhor depoimento aqui, até agora... risos, risos... né, porque uma filha abraçando, apoiando os pais, dando força, né? Não é desmerecendo o que vocês falaram, não, é porque vocês eu já estou acostumado, risos, e não estava com ela, uma jovem abraçar, entender, internalizar isso, ela “filha”... bom demais... continua: eu já sai da roça e meu irmão, pensa antes de você sair, pensa? Você morre de arrependimento, você sai pensando que na roça não consegue nada, a gente, ai quando agente sai e vê que tudo que acontece na cidade, tudo que tem na cidade vem da zona rural...Vou perguntar para vocês, essa crise que fala no Brasil, tem ela da porteira para dentro aqui na casa de vocês? Não, ra ra ra ra ra... Graças a Deus não, é né? Porque não tem? Porque aqui, nós estamos em paz, nós temos água, nós temos terra, olha, isso que você está cortando, quiabo, saiu dali... Esse quiabo ai, veio do lugar que está atolando.
Luc: essa água que está minando aqui começou que ano? Foi depois das barraginhas feitas ano passado lá em cima completando estas cinco... Começou a minar esses dias, esse açude aqui na porta vai sustentar, vai sustentar, vai sim... Está úmido por todo lado, né? Olha, aqui ao lado ontem furamos buracos para esse paus da cerca, deu água neles todos... Isso é uma benção, kkkk, Que coisa boa gente, Aqui, bate aqui as mãos... Ela sorri, Bom demais, ra, ra, ra, isso é que é coisa boa, né, bom demais, bom demais, suspira D. Edenilza...
Sr. Euclenísio e Dona Edenilza.
Repetindo:Sr. Luciano, seja benvindo ao meu brejo, corrige seu marido: nosso brejo... Luciano: vamos andar no brejo, flutuar no brejo, rá, rá, rá... nosso brejo repetiu seu marido. Ela: tá nosso brejo... Luc: gostei da correção... mas você não pode ficar com ciúmes de sua mulher, não sô... ela ri... ele insiste: não pode ser só dela não, ~e nosso, gesticulando... Luc: onde estão brejo: ela: aqui tudo é brejo... Luc. É a primeira vez que aqui embreja? Primeira vez, responde ela... O pé de mamão até caiu, uai... luc: o que é aquilo ai gente? Ela: aquilo é água é a cisterna, luc: mas com água até a boca, faltando menos de um palmo para vazar por cima... No dizer rural, cheia até na boca! É minha cisterna, meu tesouro, risos... nossa cisterna corrige o marido, risos... Em setembro estivemos aqui e a água estava lá embaixo a set metros, ela: sim, ela enchia o máximo há uns quatro metros da superfície e é a primeira vez que chega na boca?
(a explicação, é que até setembro só tinha duas barraginhas acima da cisterna, e que no final do ano o projeto construiu mais três, ai a colheita de chuva foi quase total, ai a sustentação dessa cisterna...)
Plantio abaixo do sombrite, para amenizar 50% da radiação solar...
Seus pés de feijão andu...
Sr. Euclenísio orgulhoso ao lado de um reguinho do minadouro...
O grande reservatório de água da propriedade, sendo sustentado pelos minadouros aparentes e pelas águas que chegam nele de forma subterrânea, através do lençol freático, sustentado pela colheita das chuvas pelas barraginhas superiores, que filtram um fluxo contínuo, que caminha da montante a jusante, repondo a evaporação, a retirada de água para consumo e irrigação das plantações, e etc!
Acima, lá na cabeceira do Vale dentro do terreno, esse açudinho/barraginha seca infiltrando, sacrificando para manter abarrotados os dois reservatórios mais inferiores... Esses ai, o da foto abaixo também, estavam cheios até a pouco tempo, dessas chuvadas de agora, eles estão receptivos para as "últimas chuvas de março encerrando o verão"!José Caetano, braço direito da equipe da secretaria de agriucultura de Itaobim, meu guia nessa visita!
Bastidores do encontro Técnico de Produtores Rurais e Lideranças do Vale do Jequitinhonha.
Na manhã do dia 21, Mardem, Dajas e a delegação do município de Divisóplois visitaram pela manhã o mini-oásis da família de D. Edenilza.
Ela orgulhosamente fazendo seus depoimentos, suas demonstrações sobre a sustentabilidade de seu sítio, após a implantação de cinco barraginhas, uma fossa septica biodigestora, calçamento de sua cisterna, montagem de kits irriga hortas e gotejamento. Mardem de boné vermelho é o grande articulador das ações das barraginhas de parte do médio e baixo Jequitinhonha.
Seu maior tesouro/xodó, sua cisterna de sete metros de profundidade abarrotada até a boca...
Grandes momentos durante o grande encontro!
A turma de estudantes de Agronomia da UNIPAC de Teófilo Otoni, capitaneada pela sua professora Janaina Mendonça.
Turma da Barraginha se encontrando no hal do hotel para a saida de confraternização.
Galera do Espírito Santos captaneada pelo Edicarlos.
Janaína, Moacir de Minas Novas e eu...
Casal 20 mais chic das barraginhas!
Integração entre parceiros Barraginhas!
Aricanduva, Capelinha e Angelândia, captaneada pelo Gilcemar, se encontrando e partindo rumo Itaobim!
Professora atuante durante o encontro!
No dia 22, após o Encontro, um grupo rumou para visitar alguma propriedades, a da D. Edinilza e a de D. Eliester.
Acima a cisterna de Edinilza...
Êta caramanchão mais fotografado de Itaobim, em D. Eliseter?
Acima o micro lago criatório de peixes de D. Eliester, sendo visitado pelo Mardem, Diva, Andreia, Moacir, na companhia da familia Eliester...
Em 2015, visita de uma delegação do Espírito Santo a Itaobim, em busca das barraginhas...Mardem visitando a Embrapa, em dezembro de 1016... Grande articulador, grande sonhador de sonhos possíveis!
Mardem com Paulo Eduardo, parceiro e assessor do projeto Barraginhas...
Comigo...
E na beira do lago criatório de peixes do projeto Barraginhas na Embrapa...
Jequitinhonha!