Nessa quinta feira dia 9 de março de 2017, o projeto Barraginhas da Embrapa recebeu um grupo da cidade de Dionísio com quatro componentes, o presidente da Associação do produtores rurais de Dionísio, o seu veterinário, o Agrônomo da Emater e um operador de retro escavadeira. Eles vieram para participar de um treinamento sobre mobilização de família que participarão do projeto de construção das primeiras 700 barraginhas daquele município. As ações dessa meta de 700 barraginhas estão sendo patrocinadas pela Fundação Banco do Brasil.
Luciano Cordoval.
Os trabalhos iniciaram em minha sala, lá foram repassadas as teorias das barraginhas, lagos de múltiplo uso, das estufas, das fossas sépticas biodigestoras e dos kits irrriga hortas.
Ai, Sr. Antônio falava da esperança de revitalizar suas nascentes, depois de ver resultados de outros lugares...
Á tarde fomos ao campo para as práticas...
O modelo de barraginhas para lá de preferência, deverá ser depósito para armazenar água de chuvas parecidos com cochos retilíneos, devidos Dionísio ser uma região bem amorrada, elas parecendo curvas de nível em forma de cochos.Com predominância retos,
Passamos no laguinho, onde fazemos as práticas, mai por curiosidade, mais deppois, posterior, lá na frente, espero que eles queiram também os laguinhos para criar peixes...
Fomos para as barraginhas circulares...
Foi demonstrado a maneira de como escarificar e colocar a terra solta nos aterros, hora na crista e hora despejando nas suas costas... Na crista para alteá-la e nas suas costas para encorpar e fortalecer a saia do aterro!
Quando você estiver descarregando a concha nas suas costas, automáticamente estará compactando o aterro, porque os pneus frontais tem que subir bem acima, como mostra essa foto acima!
Tirando as dúvidas finais com todos!
Passamos no lago criatóriode peixes para fazer a demonstração de como tratar dos peixes!Finalmente retornamos a sala para pegar lonas de estufas...
Passo a passo da montagem do Kit irriga hortas!
Cinco voltas sobre a ponta e faz se o amario com arame cozido para encorpar mais a ponta, com tiras de camara de ar de carro!
Alarga um pouco a ponta da fita para favorecer o acople dela ao tê!
Depois dá mais duas voltas por fora e amarra novamente, acoplou e vedou o sistema!
O acabamento da ponta: corta se um pedaço da fita de 5 cm, e dobre a ponta final da fita duas vezes ,depois faz um V para favorecer a sua introdução nesse pedaço de 5 cm! E seguida abre se o V chapando a ponta e hora que ligar a água, a fita vem estufando com a pressão e força a vedação dessa ponta! Essa aula é dada na sala aos visitantes, para que eles voltem a sua região e ensine os demais e distribua se os kits irriga hortas! Que são enviados pelos correios ao interior do país!
![]()
![]()
Acima o kit e abaixo sendo enviado aos municípios parceiros pelos correios. Mas ao retornarem, os técnicos vão realizar reuniões mobilizadoras, ensinarão os passos a passos, cadastrarão as famílias que receberão os kits. Estas famílias já possuem tradição de plantio de hortas. Assim que chegar pelo correio, um envelope com o relatório da reunião, com a lista de presença, as folhas de cadastros de cada família, nós do projeto barraginhas enviamos as caixas, cada uma com 20 kits irriga hortas! Se chegar 20 cadastros, será enviado uma caixa, se vier 40 cadastros, serão enviadas 2 caixas. Também recebemos fotos de evidências das hortas, bem como depois da distribuições. Na distribuição de kits, também é realizada uma reunião, numa casa de uma família, ai é ensinado a montagem, e fotos evidenciam o treinamento e a distribuição dos kits, já treinados!
Montagem em treinamentos!
Distribuição de kits às famílias cadastradas, ela acontece durante a reunião de treinamento!
Passo a passo da construção do micro lago lonado criatório de peixes!
Estaqueamento do quadro, gabarito de 9m x 6m para orientar o maquinista para escavar a bacia do laguinho, ou na forma de prato, gamela ou...!
Nota-se que a crista da borda fica uns 50 a 75cm a mais que da estaca, e reparem a inclinação da rampa bem suave!
Como a crista da rampa afasta da estaca acima à esquerda, a 75 cm dos dois lados dá um aumento na largura do laguinho de 1,50m, passando de 6,0 para 7,50m a largura final do laguinho, assim ele encerra com 12,00m x 7,50m x um de profundidade, ficando uns 25 cm de sobra de lona de cada lado lateral.
Com esta rampa suave, não passando de um meto de profundidade, a terra não escorre sobre a lona, porque fica suave a inclinação!
Abertura da lona acima numa metade do laguinho e cobertura com terra abaixo dessa mesma metade metade, isso só acontece na aula prática, porque quando estiver fazendo na comunidade a lona será aberta e cobrirá 100% do lago, sem colagem, como na segunda foto abaixo!A bacia do laguinho preparada para receber a lona, direto, sem emenda!
Acima na comunidade de Coqueiro do Campo em Minas Novas no Vale do Jequitinhonha!Laguinho de 12 metros x 8m em Minas Novas!A lona é a da silagem, lona ótima, de 200 microns. Teste para ver se é boa, corta um pedaço de 20cm, x 20 cm, um quadradinho de uma palmo por um palmo e estica a lona, se for boa estica até dobrar de tamanho e não rasga, se for mais ou menos rasga rápido!Alguns capricham na ornamentação dos laguinhos, demonstram carinho!
Acima no Norte de Minas e abaixo em Sete Lagoas!
Soltura de alevinos no laguinho de Chumbinho, na comunidade de Matos em Prudente de Moirais!Pacu da comunidade de Bagagem em Cordisburgo, ai orgulhosa Marney mostrando os filés!
Passo a passo da construção da barraginha!
Primeira escarificação, segue terra e munha de capim ao aterro!
Segunda escarificação, já na terra limpa, nota se que será necessário uma terceira, porque está rasa!
Faz se uma terceira escarificação para aprofundar a barraginha e gerar mais terra para reforçar o aterro! As escarificações são necessárias para poupar a retro, para não forçar a sua concha frontal, nunca deve fazer a barraginha com a concha da frente, arrebenta a retro em pouco tempo e as barraginhas ficam rasas.
Compactação da ponta do sangradouro, a água deve sangrar direto no capim, nada de cortar na saída dos ladrões... Abaixo, mostra o formato de uma barraginha, saia do aterro bem larga, a terra da terceira escarificação deve ser distribuída nas costas da barraginha, reforçando-a. Também para despejar a terra nas costas da barraginha, a maquina tem que subir alto pisando com a concha carregada, socando bem o aterro...
Barraginhas cheias, carregadas após chuvas fortes, acima em Cordisburgo e abaixo na Serra do Cipó!
Barraginha acima em Porteirinha!
As três fotos, duas acima e uma abaixo foram tiradas em três dias seguidos, mostra a sequência, antes da chuva, ela acabando de ficar pronta e na noite já caiu uma chuva forte, foto do meio cheia e no dia seguinte já tinha abaixado um metro, solo extremamente poroso, em Paraopeba!
Acima o lindo barrado mostrando até onde a água subiu, e a lama mostra que a infiltração foi rápida, senão já estaria seca a rampa!
Nesta foto vemos uma barraginha à frente e um laguinho lonado lá no fundo em Cordisburgo!
![]()
Nos dias de hoje, esse desenho acima simboliza bem a mensagem das barraginhas coletadoras de água das chuvas. Imaginem a fazendinha como uma árvore caída sobre ela, tombada pelos ventos, tendo suas partes altas, medianas e baixadas e imaginando que essa árvore está caída na propriedade, o tronco dessa árvore representaria uma grota seca, os seus galhos de sua copa simbolizaria as enxurradas. Assim, toda chuva caída no terço médio e alto escorreria pelos galhos e construindo se pelo menos uma barraginha por galho, estaríamos matando/domando essas enxurradas, que ao filtrarem criariam esses halos/ondas subterrâneas, simbolizando o avanço da infiltração horizontal, além, é lógico, da infiltração vertical. Cada barraginha ao encher e filtrar formaria um halo, já no segundo enchimento e esvaziamento, formaria o segundo halo/onda, e nos oitavos e décimos enchimentos completaria esses halos maiores, como uma onda subterrânea, afastando do centro de cada barraginha. E quando todos esses halos se encontrarem, criaria se um enorme halo, uma enorme lagoa subterrânea, o que chamamos lençol freático, manancial, que é uma reserva para a revitalização dos córregos e rio. Sem antes de chegar ao córrego, escoar gravitacionalmente, passando pela parte baixa verde/azulada umedecendo-a, criando condições favoráveis para agricultura! Mesmo nas partes média e alta, os umedecimentos localizados de cada barraginha, criará uma condição especial úmida nas pastagens, nos pomares, nos copões de mato, em tudo que estiver estabelecido nessas duas partes mais altas. Principalmente as plantações de sistema radicular maiores!
![]()
![]()